O suor excessivo é o resultado da ação das duas diferentes glândulas sudoríparas: écrinas e apócrinas. As glândulas écrinas, encontradas em todo corpo, são responsáveis pelo equilíbrio da temperatura corporal, enquanto as apócrinas, localizadas principalmente nas axilas e na área genital, produzem o suor gorduroso e causador do mau cheiro.
A hiperidrose caracteriza-se pelo suor excessivo além das necessidades fisiológicas. Estima-se que essa condição afete 3% da população, tornando-se um incômodo para 21% desta amostra. A tabela abaixo pode ajudar a entender como o problema atinge as pessoas e a escolher o tratamento do suor excessivo correto para cada caso.
Devido ao grande incômodo causado pela hiperidrose, existem diversos estudos que buscam encontrar alternativas para essa condição. Dentre eles, o tratamento do suor excessivo com tecnologia de micro-ondas consegue reduzir a hiperidrose significativamente de forma não invasiva e permanente. O vídeo abaixo explica como funciona o procedimento.
Tópicos: Existem diversas medicações tópicas no mercado que auxiliam a diminuir o suor, como soluções com 12% até 20% de cloridrato de alumínio. O alumínio é responsável pela obstrução temporária do ducto glandular, podendo ser um método efetivo, mas que pode promover irritação cutânea, principalmente axilar, além de poder perder eficácia com o tempo.
Oral: Tratamento oral com uso de anticolinérgicos, como o cloridrato de oxibutinina, que podem ser utilizados sozinhos ou combinados. Entretanto, poucos estudos foram realizados demonstrando eficácia, além de apresentar, como efeito colateral, boca e olhos secos, perda no controle da bexiga urinária e aumento da peristalse gástrica (intestino preguiçoso).
Iontoforese: correntes elétricas são conduzidas em bacias de água gerando uma sensação de formigamento em mãos ou pés. Os pequenos choques contraem as glândulas sudoríparas impedindo o seu funcionamento. O procedimento é aprovado pela agência norte-americana de medicamentos, mas seus efeitos tem curta duração. A iontoforese pode gerar rachadura e bolhas na pele e só deve ser realizado por profissional especializado.
Liposucção: as glândulas sudoríparas são sugadas através de dois orifícios minimanente invasivos após anestesia local com sedação. Seguem-se cinco dias de repouso leve com curativo e/ou bandagem compressiva, após esse período o paciente é liberado para abrir e rotacionar o ombro, podendo voltar as suas atividades diárias e praticar exercícios leves. Dentro de 20 dias não há mais limitações. Raramente o procedimento precisa ser refeito. Apesar de deixar pequenas cicatrizes sem necessidade de internação e ter baixo risco de necrose, hematoma, infecções, retrações de pele, tecido subcutâneo ou alterações nos movimentos, a principal queixa quanto ao procedimento de liposucção é o retorno do problema dentro de cerca de seis meses.
Toxina Botulínica: consiste no bloqueio do estímulo das glândulas sudoríparas. É um procedimento realizado no consultório médico, sem grandes riscos de efeitos colaterais ou de desconfortos, entretanto, o efeito dura apenas entre seis e oito meses.
Simpatectomia: cirurgia realizada com anestesia geral e em ambiente hospitalar. Com o auxílio de uma câmera e de um eletrocautério, o cirurgião penetra na caixa torácica, cauterizando o nervo responsável pelo estímulo nervoso simpático das glândulas écrinas. Esse tratamento apresenta resultados permanentes, principalmente se comparado à toxina botulínica. Entretanto, é um procedimento cirúrgico invasivo, que apresenta riscos, como a sudorese compensatória.
Micro-ondas: o tratamento do suor excessivo nas axilas com micro-ondas é realizado ambulatorialmente e tem rápida recuperação. Através das micro-ondas emitidas por um aparelho fruto de cinco anos de estudos norte-americanos é possível selar as glândulas sudoríparas e impedir a produção do suor excessivo. Tudo isso sem prejudicar a camada mais superfifical da pele que é mantida refrigerada durante todo o processo.
O suor excessivo não é uma doença, pois não causa mal estar físico. Seus sintomas afetam apenas o convívio social. A hiperidrose pode ser motivo de preconceito por quem não conhece suas causas. Ao contrário do que muitos pensam, o suor excessivo não está relacionado ao calor anormal ou má higiene; e na maioria dos casos não provoca mau cheiro. O fenômeno que causa o odor desagradável é chamado de bromidrose e acontece apenas no suor excessivo nas axilas.
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